Adair de Freitas Adair de Freitas - Razões Para Cantar Agora

Sim, eu sou
Eu sei que sou
Um tronco velho, cerno
Chuva e frio, geada e vento
Pois me fiz inverno

Sim, eu sei
Eu sei que sou
Um galho novo, forte
Sol e calor, campo a florir
Aqui no Sul para apontar
Meu Norte

Somos todo o tempo gasto
Vamos pelo tempo afora
Alma e razão do canto
Juntos pra cantar agora

Não, não vou
Sei que não vou
Cantar estranhos pagos
Sou Pampa e céu
Seguindo o rastro
De algum índio vago

Não, não vou
Seguir o som que não
Me traz essência
Nem vou cantar para exaltar
Os que não cantam
A própria Querência

Somos todo o tempo gasto
Vamos pelo tempo afora
Alma e razão do canto
Juntos pra cantar agora